O Disco de Hoje é do trompetista Guilherme "Guizado" Mendonça, que junta eletrônico, jazz, batuques, manguebeat e rock neste genial trabalho. Alguns percebem claramente uma influência do Miles Davis em Bitches Brew (guardadas as devidas proporções), trompete gritando com eletrônico e rock, mas com a improvisação do jazz. Mas de fato o cara é muito bom. Seu trompete está presente nos últimos trabalhos do Nação Zumbi, Céu, Elza Soares, Maquinado, Curumim, entre outros. Mas nos seus discos solos que ele consegue se soltar e mostrar a que veio. "Calavera" tá bom de mais, bem arranjado, bem acompanhado.
Certamente, você não vai gostar na primeira ouvida. Estranho, desfocado, um tanto barulhento, perturbador. Ouça de novo, com mais carinho, com mais atenção. Satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta.
"Girando" tem diversas transições, parece um monte de músicas fundidas, sobre uma letra onírica e bateria frenética. "Vendaval" já é mais suave, gostosa de ouvir, relaxante. "Asfalto Quente" e "Mais Além" já têm mais percursão e um estilo mais próximo dos novos trabalhos do Nação Zumbi. A música que dá nome ao disco, "Calavera" está realmente genial. "Maya" lembra não o Bitches Brew, mas o "Tributo to Jack Johnson".
Um gostinho de "Mais além", uma das minhas preferidas, no tubius ou adquira já O Disco de Hoje.
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