O Disco de Hoje é espetacular. O negão violonista Bola Sete viveu sua vida praticamente anônimo no Brasil, mas muito valorizado no exterior. De família pobre, estudava violão muitas horas por dia. Nunca vi ninguém tocar violão com a facilidade e virtuosismo dele, dá gosto ver ele tocar. A primeira vez que eu ouvi falar no Bola Sete foi em um documentário do Santana, que apontava como suas principais influências: Wes Montgomery (EUA), Bola Sete (Brasil) e Gabor Szabo (Húngaro).
"Shebaba" se trata de uma releitura de várias músicas "folclóricas" do Brasil. Me parece que o Bola Sete não compôs muitas músicas, mas os arranjos e adaptações que ele fazia têm o peso de uma composição. Para se classificar em um estilo, vejo como jazz-funk. Começa com a música que dá nome ao álbum, "Shebaba" em que que aparecem vozes, usadas como instrumental e o violão frenético do Bola. "Bola Beat" parece um baião. O cara fex mix de duas músicas do "Abbey Road" dos Beatles em "Polythene Pam/She came in Through The Bathroom Window" que é genial. Tem ainda uma maravilhosa versão de "Roda", um pouco funkeada, do Gilberto Gil. "Baccara" é um samba-rock delicioso, com transições inteligentes e mudanças drásticas.
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